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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013


-“Quando chove esse chão torna-se muito escorregadio”, disse Ellen. O estranho é que não caiam mais pessoas aqui!

Um pouco atordoada, e tão envergonhada que mal podia falar, Sara não levou em consideração as palavras pronunciadas por Ellen, mas o tom de sua voz a fez se sentir melhor.

Sara ficou chocada ao comprovar q se sentia tão impressionada com alguma outra pessoa. Era raro preferir as palavras ditas por alguém ao invés da paz que tinha em seus próprios pensamentos. Sim, foi uma sensação muito estranha.
'Obrigado, Sara murmurou enquanto tentava remover a lama que tinha aderido à sua saia.

-Quando estiver seco vai ficar melhor ", disse Ellen.

Sara voltou a impressionar-se com o que Ellen disse, palavras comuns...exceto pela maneira como ela as tinha dito. A voz calma e clara de Ellen aliviou um pouco do senso de tragédia e trauma sofrido por Sara, eliminando o seu enorme constrangimento e dando-lhe nova energia.

“Não importa”, disse Sara- É melhor nos apressarmos, se você não quer se atrasar.
Quando ela chegou à sua mesa, com o cotovelo dolorido, roupas manchadas, sapatos desamarrados, cabelos lisos e castanhos caídos sobre os olhos sentira-se bem como jamais havia se sentido em sala de aula. Não era lógico, mas assim era.


Naquele dia, caminhando para casa depois da escola foi diferente. Em vez de se engajar em pensamentos pacíficos, apenas olhando para qualquer coisa, exceto o caminho estreito que corria na neve antes dela, Sara sentiu-se cheia de energia e animada.

Como apreciava cantar, começou a cantar. Desceu a estrada feliz cantarolando uma canção popular e observando as pessoas da pequena cidade cuidando de seus afazeres.

Passando em frente ao único restaurante da cidade, lhe ocorreu parar para um lanche depois da escola. A ela bastava comer uma rosquinha coberta de chocolate, um sorvete ou uma pequena porção de batatas fritas para divertir-se por uns momentos e parar de pensar no longo dia triste que havia vivenciado na escola ...

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