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domingo, 10 de fevereiro de 2013

O que é que gosta de voar, Sara? Descreva para mim o sentimento, a sensação... 
Sara curvou-se com os olhos fechados, fingindo voar sobre o seu povo.
- Seria divertidíssimo, Salomão! Voar deve ser muito divertido. Atravessaria o céu com a velocidade do vento. Me sentiria livre! Me sentiria fabulosa! -Sara continuou, absorta na visão imaginada.

De pronto, experimentando a mesma sensação de poder que havia percebido no vôo de Salomão, vendo-o alçar voo da cerca dias atrás, ela sentiu um impulso poderoso que a levantou no ar a uma velocidade que lhe tirou o fôlego .
Por uns momentos teve a sensação que seu corpo pesava uma tonelada, e logo em seguida como se não tivesse peso. E então começou a voar.

- Olhe para mim, Salomão!
Sara exclamou entusiasmada! Estou voando! Salomão voava junto a ela e eles ganharam o ar acima da cidade de Sara. Da aldeia em que nasceu. Das pessoas que conhecia em cada centímetro. As mesmas pessoas que neste momento vislumbrava a partir de uma perspectiva que ela nunca havia imaginado!
- Bom! Isso é ótimo, Salomão! Eu adoro voar!
Salomão sorriu de alegria com o entusiasmo extraordinário que demonstrava Sara.
- Onde vamos, Salomão? 

Você pode ir onde quiser.
- Este é supergenial! Gritou Sara, observando sua pequena e pacata vila.
Ela lhe parecera tão bonita.

Ela tinha visto sua aldeia do ar em uma ocasião, quando seu tio havia levado ela e sua família para um passeio em um avião. Mas ela não tinha visto nada. As janelas do avião eram muito altas e cada vez que ela se ajoelhava para colocar o rosto na janela e olhar para fora, seu pai a obrigava a sentar-se e prender seu cinto de segurança. De modo que Sara não havia se divertido muito nesse dia. Mas isso...isso é muito diferente !... Viu tudo. As ruas e edifícios de seu povo.

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